MÁSCARAS
Gilberto Lazan
Cada vez que ponho uma máscara
para esconder
fingindo ser o que não sou
faço-o para atrair o outro
e logo descubro que só atraio a outros mascarados
distanciando-me dos outros
devido ao estorvo:
A MÁSCARA
Faço para evitar que os outros vejam minhas debilidades
e logo descubro que ao não verem minha humanidade
o outros não podem me querer pelo que sou...
SENÃO PELA MÁSCARA
Faço-o para preservar minhas amizades
e logo descubro que quando perco um amigo
por te sido autêntico
realmente não era meu amigo
E , SIM...DA MÁSCARA
Faço-o pra evitar ofender alguém
e ser diplomático
e logo descubro que aquilo
que mais ofende às pessoas
dos quais quero ser íntimo...
É A MÁSCARA
faço-o convencido
de que é melhor que posso fazer
para ser amado
e logo descubro o triste paradoxo
o que mais desejo obter
com minhas máscaras
é, precisamente...
o que não consigo com elas.
-SERVAMARA-
Os nossos pecados são como máscaras
que colocamos para servir o maligno,
e enganar o nosso próximo;
Como somos tolos,
ao pensar que enganamos a todos
e o pior, mais incoerente,
que enganamos ao Senhor,
O Nosso Pai, Criador!
Na sua Santa Presença
estamos nus, patentes, transparentes,
SEM MÁSCARAS!!!
PARA MEDITAR
E NÃO SE ASSEMELHAR
AOS ESCRIBAS, FARISEUS,
EXÍMIOS MASCARADOS!
Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos,
Dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus.
Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as;
mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem;
Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens;
eles, porém, nem com o dedo querem movê-los;
E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens;
pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes,
E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi.
Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre,
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
pois que fechais aos homens o reino dos céus;
e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações;
por isso sofrereis mais rigoroso juízo.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito;
e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.
Ai de vós, condutores cegos!
pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é;
mas o que jurar pelo ouro do templo,
esse é devedor.
Insensatos e cegos!
Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro?
E aquele que jurar pelo altar
isso nada é;
mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor.
Insensatos e cegos!
Pois qual é maior: a oferta, ou o altar, que santifica a oferta?
Portanto, o que jurar pelo altar, jura por ele
e por tudo o que sobre ele está;
E, o que jurar pelo templo,
jura por ele e por aquele que nele habita;
E, o que jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus
e por aquele que está assentado nele.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho,
e desprezais o mais importante da lei,
o juízo, a misericórdia e a fé;
deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.
Condutores cegos!
que coais um mosquito e engolis um camelo.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
pois que limpais o exterior do copo e do prato,
mas o interior está cheio de rapina e de iniqüidade.
Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato,
para que também o exterior fique limpo.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados,
que por fora realmente parecem formosos,
mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.
Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens,
mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
pois que edificais os sepulcros dos profetas
e adornais os monumentos dos justos,
E dizeis: Se existíssemos no tempo de nossos pais,
nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas.
Assim, vós mesmos testificais
que sois filhos dos que mataram os profetas.
Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.
Serpentes, raça de víboras!
como escapareis da condenação do inferno?
Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas;
a uns deles matareis e crucificareis;
e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas
e os perseguireis de cidade em cidade;
Para que sobre vós caia todo o sangue justo,
que foi derramado sobre a terra,
desde o sangue de Abel, o justo,
até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias,
que matastes entre o santuário e o altar.
Em verdade vos digo que todas estas coisas
hão de vir sobre esta geração.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas,
e apedrejas os que te são enviados!
quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos,
como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!
Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta;
Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais:
Bendito o que vem em nome do Senhor. (Mt 23)
Nenhum comentário:
Postar um comentário