-SERVAMARA-
'...Que fiz eu?...' Jr 8:6
Parece simples ler essas palavras, talvez até fácil proferi-las; mas quanto é difícil pronunciá-las com um profundo arrependimento, um imenso pesar, por escolhas equivocadas que fazemos, atos impensados que cometemos, palavras ditas imprudentemente; e o pior, o mais doloroso, o quanto murmuramos contra o Senhor, ou desagradamos a Ele, rompendo a nossa comunhão com Ele.
E o Senhor vê todos os nossos atos, Ele não deixa de enxergar todas as nossas abominações, iniquidades; Ele ouve quando falamos palavras não retas; e mesmo assim, Ele não nos abandona, não desiste de nós; Ele clama, nos procura, para nos reconciliarmos!
E quando isso não ocorre, quando somos cegos, de dura cerviz, quando não queremos nos arrepender, só resta ao Senhor, nos ensinar com varas, açoites, e nos dá as devidas punições!
Como podemos nos julgar sábios? Se a cegonha no céu conhece os tempos determinados; e a rola, e o grou e a andorinha observam o tempo propício da sua arribação; e nós não conhecemos o juízo do Senhor? Jr 8:7
A responsabilidade é nossa; Ele espera que nós reconhecemos os nossos erros, e clamamemos:
'...Que fiz eu?...'
Ele usa os seus atalaias para nos alertarem; e esses mesmos servos, se sentem tristes, pesarosos demais, quando não damos ouvidos aos seus clamores; assim como não demos ouvidos ao Espírito Santo quando nos alertava dos perigos, e das veredas tortuosas que nós caminhavamos!
Oh! se eu pudesse consolar-me na minha tristeza! O meu coração desfalece em mim. Jr 8:18
Imagine a situação do profeta Jeremias vendo seu povo se desviar do caminho da verdade, da salvação; e seguir o caminho da apostasia, da perdição e da morte!
Se com um familiar, com um amigo, gememos, sofremos tanto em vê-lo tão desviado, imagine você assistir a decadência moral, espiritual do seu povo; e por mais que você fale, clame...incansável, inúmeras vezes clamando...e mesmo assim, não te escutam!
Por isso, e por muito mais, o profeta Jeremias é considerado 'o profeta chorão'; ao ponto dele dizer que queria que sua cabeça fosse como uma fonte, e os seus olhos fosse como uma fonte de lágrimas! Jr 9:1
Imagine, aflição, a agonia, que esse homem sentia pelas almas cegas , e tão perdidas, a beira de um precípicio!
A sua caminhada foi bastante pedregosa, solitária; porque as pessoas não aceitavam ouvir as palavras que desagradavam os seus egos; e tampouco gostavam de quem falava a verdade e apontava os seus erros, desvarios; elas preferiam os profetas que falavam mentiras, e que agradavam aos seus desejos; que pregavam a paz, onde existiria o juízo, o terror!
Por que, pois, se desvia este povo de Jerusalém com uma apostasia tão contínua? Persiste no engano, não quer voltar.
Porventura envergonham-se de cometerem abominação? Não; de maneira nenhuma se envergonham, nem sabem que coisa é envergonhar-se; portanto cairão entre os que caem e tropeçarão no tempo em que eu os visitar, diz o SENHOR. Jr 8:5, 12
Lendo, relendo Jeremias, e tantos outros profetas, fico pensando, me indagando...
Até quando andaremos como cegos, tateando, repetindo os mesmos erros dos nossos antepassados?
Já passou o verão, chegou inverno...o ciclo está se repetindo...até quando serviremos aos nossos eus, aos falsos deuses?
E até quando adiaremos a oportunidade, a graça, da salvação?
Jeremias clamou, eu também clamo, e vocês???
Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos. Jr 8:20
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