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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

AMOR VERDADEIRO

-SERVAMARA-




Eu sei que você já leu muitas coisas escritas a respeito do amor verdadeiro, sei que este tema é bastante comum, constantemente debatido e falado nos meios de comunicação; mas para mim, escrever sobre ele é sempre prazeroso demais, e sempre tenho algo mais para aprender e compartilhar...

E começo escrevendo, já com uma certeza, constatação, que é fácil amar uma pessoa quando ela nos ama da mesma medida, quando a situação está sobre o nosso controle, e é bastante favorável pra nós; não existindo conflitos, muito menos sacrifícios, perdas, quando juras de amor são trocadas, quando beijos ardentes são selados; e até damos uma passo de fé e confiança neste relacionamento, e firmamos uma aliança, uma parceria com a outra pessoa, nos casando legalmente com ela.

Tudo transcorre maravilhosamente bem, pensamos que teremos uma lua de mel eterna; e que estamos amando verdadeiramente a outra pessoa; mas como estamos enganados pensando assim; só sabemos que amamos verdadeiramente uma pessoa quando somos testados pelo fogo, pelas aflições, pelos desentendimentos, pelas penúrias, pelas tragédias que nos surpreendem, tragam...

Nesses momentos de dores, aflições que aquilatamos a força desse amor; se ele realmente sobrevive aos intempéries da vida, e também aos revezes da própria natureza; porque todos nós estamos sujeitos a perdermos todo o nosso patrimônio em uma enchente, num tsunami da vida,  em um incêndio, e tantas outras tragédias , que não somos imunes a elas...

E é aí que percebemos com quem podemos contar, se realmente aquelas juras trocadas em frente ao altar são verdadeiras, as palavras proferidas, são testadas na prática; também pode acontecer que um dos parceiros seja acometido por uma doença grave, e fique debilitado numa cama, dependente do outro...E tantas outras situações que podem nos lapidar, provar.

Mas imaginemos uma situação que uma mulher é acometida pelo um câncer, e fica muito fragilizada com a sua doença, e com o tratamento aplicado, quimioterapia, radioterapia, e no momento que ela precise do seu amado, ele, num momento de fraqueza, cometa adultério, comece um torrencial caso extraconjugal, e sua esposa descubra toda a verdade, como seria a sua reação???

Muitos dirão que esta atitude do marido é imperdoável, que ela deve se separar; mesmo nós sendo cristãos, é muito difícil aceitar essa situação, perdoar o imperdoável; e todos nós sabemos que o adultério é um grave motivo para o divórcio, inclusive para a parte ofendida, traída. Mt 5: 31-32; Mt 19:6-9

A um certo tempo atrás, eu era a primeira a opinar que ela deveria se divorciar, não aceitar tamanha afronta, rompimento da confiança, de fidelidade; mas algo em mim, mudou completamente ao ler, reler , inúmeras vezes, as palavras do meu amado Senhor, e Mestre, contidas em Mateus, capítulo 5, que é um manual para amarmos verdadeiramente, não só o nosso próximo, mas nosso ente amado.

E novamente tenho de repetir, que é fácil amar quando toda a situação é favorável; quando a pessoa amada corresponde as nossas expectativas, e nunca pisa na bola; mas desta maneira será que estamos  amando verdadeiramente, ou estamos amando apenas nós mesmos, e a caricatura de uma pessoa que pensamos ser ideal para ser amada; será que desta maneira não estamos nos assemelhando aos publicanos, aos fariseus...?

Só agora percebo que o amar verdadeiramente é perdoar o imperdoável, não é esquecer a infidelidade, ou tantas outras pequenas desavenças, conflitos; mas é amar apesar de todas essas vicissitudes, essas limitações nossas e dos nossos parceiros; porque amando deste jeito, estamos amando como o Senhor Jesus nos amou, sujos, infiéis, rebeldes, e tantas outras aberrações; mas mesmo assim, se entregou por todos nós, por esse amor incondicional, ágape, verdadeiro!

E só deste jeito, maneira, podemos amar verdadeiramente o ser amado, que pode ser o nosso parceiro, a nossa amiga, o nosso filho, a nossa irmã, e o nosso próximo.

Jó e sua esposa são um exemplo desse amor verdadeiro que estou escrevendo, relatando, ele perdeu todos os seus bens, riquezas, perdeu os seus filhos e as suas filhas, e também a sua saúde, e ainda teve de conviver com a insanidade espiritual temporária da sua esposa.

Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.

Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. Jó 2:9-10

O quanto ela deve ter reclamado, murmurado e até proferido acusações contra ele e a Deus; fora ter rejeitado a sua aparência física e a sua doença, suas debilidades.

O meu hálito se fez estranho à minha mulher; tanto que supliquei o interesse dos filhos do meu corpo. Jó 19:17

E mesmo assim, Jó demonstrou esse amor verdadeiro por sua esposa, tanto que jamais se separou dela, nem a rejeitou; e ela também superou os maus momentos que viveu; pois não deve ter sido fácil ter perdido todo o seu patrimônio, e os seus amados filhos e as suas amadas filhas, e ainda ver o seu esposo doente, debilitado, repudiado por todos os vizinhos, e também acusado pelos seus melhores amigos; e mesmo assim, ela viveu com ele até o final de sua vida; e desfrutou, ao seu lado, todos os benesses da fidelidade do seu esposo a Deus...Com certeza, ela também se redimiu perante ao SENHOR, e ficaram juntos até que a morte os separasse; grandioso exemplo de um amor verdadeiro; apesar de todas limitações, contratempos, revezes da vida.

E assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas.

Também teve sete filhos e três filhas.

E chamou o nome da primeira Jemima, e o nome da segunda Quezia, e o nome da terceira Quéren-Hapuque.

E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos.

E depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos, e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração.

Então morreu Jó, velho e farto de dias. Jó 42:12-17

Eu quero aprender a amar verdadeiramente, aceitar o ser amado com todas as suas limitações, e também perdoar o imperdoável; que o SENHOR  me agracie com esta oportunidade de viver na prática tudo aquilo que estou escrevendo.

Sei que conseguirei mirando o Senhor Jesus na cruz, a me amar até o fim, apesar de todos os meus erros, limitações, pecados, aberrações...

Ele me amou verdadeiramente e eu conseguirei também amar verdadeiramente ao meu parceiro, e a todos que se aproximarem de mim!















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