Pesquisar este blog

domingo, 27 de outubro de 2013

PROSTRADA E TRISTE



Nessa semana, precisamente na madrugada de quinta-feira, acordei para orar e comecei a relembrar um momento que vivi no passado; no qual  fui acometida por um mal súbito, calafrios, corpo pesado e uma imensa tristeza recaiu sobre mim...no momento que estava vivendo essa situação, não percebi, que o motivo, do que eu estava sentindo a nível físico, era o gritante reflexo do que estava corroendo dentro de mim;  estava completamente prostrada e triste, por ter desagradado a Deus, com meus atos e atitudes, e entristecido e afastado a presença tão benéfica do Espírito Santo.
 
Fiquei vários dias assim, e só vir a melhorar, quando me conscientizei o quanto estava errada, e me arrependi dos meus atos tão indignos, confessando as iniquidades cometidas, e buscando o perdão e complacência de Deus, em Cristo Jesus; e a partir daí, fui gradativamente recuperando as minhas forças e saindo do torpor que estava vivendo; ficando completamente curada dos sintomas físicos e espirituais, pelos quais fui acometida e atormentada.
 
Hoje, agora, percebo, tenho a plena certeza e consciência, que o pecado é como um estado febril que nos envolve, nos debilitando, envergonhando e tolhendo completamente de honrar e glorificar a Deus com todas as forças do nosso físico e da  nossa alma!
 
Na época que estava vivendo esses momentos tão sombrios, meditei na Palavra de Deus e encontrei versículos que retratavam com perfeição o que estava vivendo e sentindo,  a dor e a desolação que recaiu sobre mim, com o afastamento momentâneo do Espírito Santo, foi uma das piores sensações que vivi em minha vida; pois me sentir uma morta-viva, sem que ninguém a minha volta, percebesse a minha morte espiritual ou compreendesse a minha terrível dor.
 
Mesmo eu tendo confessado as iniquidades cometidas, ainda tive de conviver com as mazelas, consequências funestas de minha rebelião e desobediência a Deus; sendo bombardeada constantemente pelas  acusações persistentes do maligno, sempre me relembrando onde, como, de que maneira, cometi os erros; e também os inimigos que me perseguiram, como vespas envenenadas com o absinto do inferno!
 
'Ain. Por essas coisas, choro eu; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas, porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar a minha alma; os filhos estão desolados, porque prevaleceu o inimigo.
 
Tsadê. Justo é o SENHOR, pois me rebelei contra os seus mandamentos; ouvi, pois, todos os povos e vede a minha dor. as minhas virgens e os meus jovens foram para o cativeiro. Lm 1;16, 18
 
O profeta Jeremias retrata e narra, com extrema fidelidade e tristeza, em Lamentações, principalmente no Capítulo 1,  os momentos, que ele viveu, ao lado de seu povo rebelde, corrupto e desobediente, que se compraziam com as iniquidades, sem perceberem que sofreriam o iminente juízo e a ira de Deus, assim como eu tive de conviver, penar e sofrer as consequências  e as mazelas que recaíram sobre mim.
 
Uma geração de mortos-vivos que não percebiam e nem mesmo se davam conta da mortandade física e espiritual que acometia a eles, pois não se arrependiam, nem buscavam o perdão de  Deus; sendo assim, tiveram de conviver com a cidade de Jerusalém devastada, assolada;  um povo antes garboso, sendo completamente humilhado, opróbrio para outras nações, sendo levados cativos, deportados para a Babilônia.
 
Lâmede. Não vos comove isso, a todos vós que passais pelo caminho? Atendei e vede se há dor como a minha dor, que veio sobre mim, com que me entristeceu o SENHOR, no dia do furor da sua ira. Lm 1: 12
 
Talvez muitos que lerem essa mensagem  dirão...'Irmã, essas coisas aconteceram contigo, e aconteceram com o povo de Judá; não acontece comigo, nem com o meu país!
 
Será? E os noticiários que  diariamente narram as atrocidades cometidas pelas pessoas, aqui mesmo no nosso país, não retratam com fidelidade o declínio espiritual  de uma nação soberba, rebelde e idolatra, igual a nossa?
 
Que o Senhor tenha misericórdia  de todos nós, e  capacite verdadeiros homens de Deus a chorar, lamentar, clamar por nós; e a bradar, sem temor,  diante de uma geração de mortos-vivos!
 
Não profetas que alisem e ufanem os nossos egos,  que exaltem as concupiscências dos olhos, da carne; nem profiram histórias da carochinha; que o nosso país é um berço esplêndido, que seus filhos são tementes a Deus e que serão salvos apenas se frequentarem templos, servirem a uma  determinada denominação, participando de propósitos, para, a cada dia, serem  mais prósperos, fincados na contemplação dos tesouros terrenos, gozando da aparente paz, sono da morte eterna! Sem um verdadeiro arrependimento, contrição e ojeriza pelas iniquidades cometidas!
 
Onde estão os profetas, cheios do  Espírito Santo, que irradiavam o poder, fogo que descia dos céus, e com as  suas pregações,  faziam as suas ovelhas gemerem de dor, vergonha,  temor pelo iminente juízo que recairiam sobre elas; se arrependendo das iniquidades cometidas??
 
''Desejamos um avivamento de intenso e consagrado poder. Tenho suplicado por verdadeira piedade; agora imploro por um de seus mais nobres resultados. Precisamos de santos. Precisamos de mentes graciosas, experimentadas em uma elevada qualidade de vida espiritual resultante de freqüente comunhão com Deus, na quietude. Os santos adquirem nobreza por meio de sua constante permanência no lugar onde se encontram com o Senhor. É aí que adquirem o poder na oração que tanto necessitamos. Oh! que o Senhor levante na igreja mais homens como John Knox, cujas orações causavam à rainha Maria mais terror do que 10.000 soldados! Oh! que tenhamos mais homens como Elias, que através de sua fé abriu e fechou as janelas dos céus! Esse poder não surge por meio de um esforço repentino; resulta de uma vida devotada ao Deus de Israel. Se toda a nossa vida for pública, teremos uma existência insignificante, transitória e ineficaz. 
 
Entretanto, se mantivermos intensa comunhão com Deus, em secreto, seremos poderosos em fazer o bem. Aquele que é um príncipe com Deus ocupará uma posição nobre entre os homens, de acordo com a verdadeira avaliação de nobreza. Estejamos atentos para não sermos pessoas dependentes de outras; nos esforcemos para descansar em nossa verdadeira confiança no Senhor Jesus. Que nenhum de nós caia numa situação de infeliz e medíocre dependência dos homens!
 
Desejamos ter entre nós crentes firmes e resistentes, assim como as grandes mansões que permanecem, de geração em geração, como pontos de referência de nosso país; não almejamos crentes semelhantes a casas de saibro, e sim a edifícios bem construídos, capazes de suportar todas as intempéries e desafiar o próprio tempo. Se na igreja tivermos um exército de homens inabaláveis, firmes, constantes e sempre abundantes na obra do Senhor, a glória da graça de Deus será claramente manifestada, não somente neles mesmos, mas também naqueles que vivem ao seu redor. Que o Senhor nos envie um avivamento de poder consagrado e celestial! Pregue por intermédio de suas mãos, se você não pode pregar por meio de seus lábios. Quando os membros de nossas igrejas demonstrarem o fruto de verdadeira piedade, imediatamente encontraremos pessoas perguntando qual a árvore que produz esse fruto. A oração coletiva dos crentes é a primeira parte de um Pentecostes; a conversão dos pecadores, a outra.
 
Começa somente com “uma reunião de oração”, mas termina com um grande batismo de milhares de convertidos. Oh! que as orações dos crentes se tornem como ímãs para os pecadores! E que o reunir-se de homens piedosos seja uma isca para atrair os homens a Cristo! Venham muitas pessoas a Jesus, porque vêem outros correrem em direção a Ele. “Senhor, afastamos nosso olhar desses pobres e tolos procrastinadores e buscamos a Ti, rogando-Te que os abençoes com o teu onisciente e gracioso Espírito. Senhor, converte-os, e eles serão convertidos! Através de sua conversão, rogamos que um avivamento comece hoje mesmo. Que este avivamento se espalhe por todas as nossas casas e, depois, pela igreja, até que todos os crentes sejam inflamados pelo fogo que desce dos céus!”
 
('Avivamento que precisamos'-- por Charles Haddon Spurgeon--Extraído da revista Fé para Hoje, número 13, Ano 2001, publicada pela Editora FIEL).
 
Seria maravilhoso se todos que cometessem iniquidades, ficassem doentes e prostrados como eu fiquei no passado; e sentissem a tristeza e a terrível desolação que sentir, quando o meu amado Consolador não estava perto de mim; prefiro morrer do que sofrer novamente a sua ausência.
 
Espero que esse meu testemunho, sendo compelida pelo Espírito Santo a escrever, revivendo esses momentos tenebrosos do meu passado, que tanto me entristeceu e envergonhou,  tenha servido de alerta para alguém que também esteja se sentindo assim atualmente.
 
 
E curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. Jr 6:14
 
E curam a ferida da filha de meu povo levianamente, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. Jr 8:11
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

UMA AFETIVA ALCUNHA



Por muitos anos meus pais almejavam ter um filho, mas esse sonho não foi realizado, eles foram agraciados com os nascimentos de três filhas; eu sou a filha do meio, nascida depois de uma gravidez, que minha mãe teve a tristeza de abortar espontaneamente um feto do sexo masculino; um sonho, que ambos nutriam tão intimamente.
 
Mas meu pai não se deixou abater e resolveu sanar essa frustração, de várias maneiras, uma delas, foi de escolher o  meu nome, efeminizando o seu, o nome dele era Aymar, e ele colocou o meu nome de Aimara;  e de minhas irmãs,  ele colocou os nomes de santas canonizadas pela Igreja Católica. 
 
Cresci e sempre apreciei o meu nome, achando-o forte, expressivo, diferente; e  sempre nas escolas e na faculdade que estudei, as pessoas tinham o interesse de saber a origem de meu nome, e eu dizia que o meu nome era de origem indígena,  que significava vegetação, e também era o nome de um povo-- Aimará ou Aimara (em aimará: aymará) povo estabelecido desde a Era pré-colombiana no sul do Peru, na Bolívia, na Argentina e no Chile.(extraído- Wikipédia)
 
Meu pai continuou inovando comigo, eu era a substituição de seu sonho, filho almejado; e ele resolveu de me chamar com uma afetiva alcunha: Pretinha; mas por que essa alcunha?
 
Porque minhas irmãs eram bem branquinhas, cabelos claros, e eu nasci  moreninha, com os cabelos pretos; e eu era um contraste junto as minhas irmãs, que eram vistosas, e eu era mais franzina, pois nasci prematura de sete meses.
 
Amava quando meu pai me chamava de 'minha Pretinha querida', era uma maneira tão carinhosa dele me denominar, que refletia uma forma especial de me tratar, e se relacionar comigo, uma intimidade que era usada só entre nós dois, que conhecíamos, demonstrando cumplicidade, afeto, comunhão...quando ele estava diante de outras pessoas, ele me chamava formalmente de Aimara.
 
Meu pai partiu, e sua voz me chamando desse jeito....minha Pretinha... ainda ecoa dentro de mim, me alegrando;  mas me sinto confortada, porque muitos anos antes dele falecer, eu tive o prazer e a graça de Deus, de realizar o seu sonho, lhe dando um neto, e colocando o seu nome para homenageá-lo, e perpetuar a sua inigualável  vida e trajetória; e creio que meu filho Aymar está dignificando e abrilhantando com muita honradez a sua descendência.
 
Essas recordações voltaram aos borbotões ao reler, inúmeras vezes, um versículo muito especial que nos oferta com uma maravilhosa promessa, que um dia, naquele grandioso Dia, nosso benigno  Pai, em Cristo Jesus, nos agraciará com um alimento especial, maná escondido, com uma pedra preciosa branca e nela estará escrita o nosso novo nome; um nome, que só quem, por Ele for denominado, saberá;  mas tenho certeza, que nesse inigualável Dia, eu resgatarei novamente o que perdi com a morte de meu pai-- a alegria de ser chamada tão carinhosamente por um amoroso Pai.
 
Eternamente, gozando sem interrupção, a cumplicidade, a comunhão, a afetividade, compartilhadas com Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo!
 
 
 


Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe. Ap 2:17





 

 

 

 

 
 
 
 
 
 

 



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O CAMINHO DE VOLTA!



O caminho de volta é íngreme, sem nenhuma bagagem, não dá mais tempo de você se deter, o tempo urge  e você tem de deixar, para trás, todas as expectativas anteriores, sonhos, que você guardava no recôndito do teu ser, e ainda queria avidamente que eles fossem concretizados...
 
Os meus dias passaram, e malograram os meus propósitos, as aspirações do meu coração. Jó 17:11
 
Todavia aguardando eu o bem, então me veio o mal, esperando eu a luz, veio a escuridão.

As minhas entranhas fervem e não estão quietas; os dias da aflição me surpreendem. Jó 30:26-27

O caminho de volta é solitário, os amigos sumiram, no momento que você mais precisava deles;  a noite é longa demais, sombria, tenebrosa,  você não pode mais contar com a força do seu braço, pois você não a possui mais... como partir, na maior tempestade, com feras uivando lá fora, avidas, pra te tragar, lesar? Jó 30:15-17
 
Como deixar a sua casa que você pensava que encontraria abrigo, conforto, descanso?  Deixar passivamente o fruto do seu trabalho, do seu esforço, se esvair como a água da chuva indo velozmente para o ralo do esgoto? E os respingos de lama sujarem a sua vestidura? Jó 30:18-23
 
Como? Aconteceu comigo os fatos que estou narrando...só a fé em Deus, em Cristo Jesus, e pelo consolo e inspiração do Espírito Santo,  me convenceu da urgência de partir, deixando, para trás, a minha vida anterior;  e recomeçando em outro lugar, crendo na graça, benignidade e providência do Pai amado.
 
Com as mãos vazias materialmente, mas crendo no Senhor, que Ele foi,  é, e sempre será, o meu maior baluarte, Luz que me alumia, socorro bem presente nas minhas maiores angústias;  refúgio que me abriguei, enquanto fui açoitada pelos ventos, mas crendo em Sua voz e Suas orientações, que depois da tempestade, viria um dia de sol, não importando as sequelas da enxurrada...
 
Nunca estive tão perto de Deus, como naqueles dias tenebrosos, sentia a Sua poderosa presença permeando completamente os meus passos, enquanto ele me guiava pelo caminho de volta;  de volta para os Seus braços; não sou mais a mesma mulher após essa experiência vivida,  e por essa razão, quis compartilhar mais uma vez, o quanto fui agraciada com a proteção, o livramento e o amor do Pai.
 
Independentemente de qualquer situação, hoje eu também posso entender perfeitamente as palavras de um servo temente e amado Jó, quando em meio as maiores tribulações e sofrimentos ele proferiu três máximas, pérolas de sabedoria, que deveriam ser adornos de nossas vestiduras na nossa longa caminhada de volta aos braços do nosso Pai.
 
Precisei passar por esses momentos tenebrosos, para perceber que ainda era apegada afetivamente aos meus bens, que ainda dependia das pessoas, entes amados, amigos, como se eles fossem capazes de me livrarem das mazelas, do agir de Deus, do Seu propósito maior para a minha vida;  também percebi o quanto era soberba e o quanto confiava na força de meu braço, pra me livrar de determinadas situações;  mas quando fui tragada pelas aflições,  me vi tão frágil, medrosa, impotente e sem nenhuma força, reação;  foi quando percebi que ouvia falar dEle, amava e tinha pleno conhecimento da Palavra da Salvação, sabia da grandeza dos Seus sinais e maravilhas no passado, mas ainda não O conhecia intimamente, nem acreditava piamente em Seu poder de realizar e operar em minha vida;  foi preciso ser duramente açoitada, correr risco de vida, desmoronarem os meus sonhos; andar nas trevas, às apalpadelas, sendo totalmente guiada por Ele,  pra eu enxerga-Lo ao meu lado, e  percebendo a minha verdadeira realidade: sou filha, mas ainda cambaleio, tropeço, inúmeras vezes, no meu andar, caminhar, precisando diariamente do Seu colo, do Seu abraço, do Seu afago,  das Suas orientações, enfim sou totalmente dependente do Pai... sem oxigênio, amor doado gratuitamente, eu não vivo!!!





E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor. Jó 1:21

Ainda que ele me mate, nele esperarei; [...]   Jó 13:15

Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás.

Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos.

Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza. Jó 42:4-6