-SERVAMARA-Recordar é viver...e eu recordo muito, principalmente, minha infância querida, momentos que passei ao lado dos meus pais, das minhas irmãs; comecei a recordar um momento especial, que durante um ano inteiro, sonhei em ganhar uma bicicleta calói e não a cor rosa, eu queria inovar, queria uma bicicleta calói azul.
Passei o ano todo, pedindo ao meu pai por ela, e ele apenas sorria, e nunca me dizia sim aos meus apelos...passaram os meses, e finalmente, chegou o natal e eu contava os minutos para terminar a ceia e todos dormirem; nessa noite, quase não dormir, pensando:
-Será que meu pai, esqueceu os meus apelos tão insistentes?
-Por que ele não me disse sim, ao meu pedido?
-Se ele comprou a minha bicleta...por que , eu ainda não a tinha visto lá em casa?
-E por que minha mãe não confirmava, me dizendo a verdade, se ele realmente, me daria a minha bicicleta?
E passei a noite toda assim...esperando, indagando...
E quando acordei, tive uma decepção, a bicicleta não estava próxima a minha cama, acordei, já meio triste, e por que não dizer decepcionada.
E quando meu pai se aproximou de mim, mal conseguia olhá-lo, mas ele sorriu e me pegou pela mão e me chamou pra conversamos; pensei, com certeza, ele me dirá que não teve condições de comprar minha bicicleta e me dará outro presente, e eu terei de acatar e me conformar!
Mas fui supreendida com a minha bicicleta calói na varanda, do jeitinho que eu mais queria!
Abraçei meu pai, agradeci tanto, mas pedi logo a ele, para descer e ficar brincando no playground, claro, que ele deixou e ficou me observando da varanda!
E eu toda orgulhosa, mostrava a todos, o presente que meu pai tinha me dado!
Ele me satisfez em tudo, era uma bicicleta do tamanho adequado pra mim, tinha até rodinhas atrás, para eu aprender a me equilibrar melhor e era da cor que eu pedi, não rosa, tão feminina, e sim, azul, como as dos meninos e que eu tanto queria!
Mas tarde, ele me disse que escondeu o meu presente, a bicicleta, na quarto do zelador, tudo pra não estragar a surpresa!
Relembrando agora, vejo que foi um dos momentos mais felizes da minha infância; porque tudo foi perfeito, a minha perseverança em clamar, clamar...em esperar, em meu pai atender meus apelos e do jeitinho que eu imaginei e sonhei!
Mas fiquei meditando, que meu pai só me atendeu aos meus apelos, por vários motivos:
-Ele teve condições financeiras pra isso;
-E que o meu pedido iria me trazer alegria e não ocasionaria problemas ou tristezas para outras pessoas;
-Ele pensou nas rodinhas da bicicleta, por causa da minha inexperiência em andar sem elas.
-A cor da bicicleta não importava, ele permitiu que eu inovasse, numa época, que só os meninos possuíam bicicleta cor azul...mas que mal faria esse pequeno detalhe?
E hoje, agora, vejo, se meu pai , um homem tão pecador, falho, satisfez os meus apelos; imagine, o que não faz o meu querido Pai Celestial, para atender os nossos maiores anseios!
Mas sei que Ele também tem os mesmos critérios de meu pai carnal; Ele só me atenderá quando chegar o tempo determinado, quando eu esteja preparada para receber o que eu pedi, clamei; e é imprescindível, que o meu pedido não ocasione tristeza, ou o mal do meu próximo.
E o mais importante, que eu tenha fé no que estou pedindo, clamando e que coincida com a vontade e o propósito do Senhor para minha vida!
ORAI SEM CESSAR E O SENHOR TE OUVIRÁS!
E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer, Dizendo:
Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.
Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito. E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.
E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?
Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? Lucas 18:1-8
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