QUANDO VOCÊ PENSAVA QUE EU NÃO ESTAVA OLHANDO

A seguinte meditação foi escrita por Mary Rita Schilke Korzan, e é do

livro "Stories For The Heart" (“Contos Para O Coração”):

Quando você pensava que eu não estava olhando, você pendurou meu

primeiro desenho na geladeira, e eu quis pintar outro.

Quando você pensava que eu não estava olhando, você deu comida a um

gato perdido, e eu pensei que era bom cuidar de animais.

Quando você pensava que eu não estava olhando, você fez um bolo de

aniversário só para mim, e eu entendi que coisas pequenas eram

especiais.

Quando você pensava que eu não estava olhando, você orou, e eu

acreditei que havia um Deus com quem eu sempre podia falar.

Quando você pensava que eu não estava olhando, você me deu um beijo

de boa noite, e eu me senti amado.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi lágrimas

descendo dos seus olhos, e eu aprendi que às vezes coisas doem – mas

que não faz mal chorar.

Quando você pensava que eu não estava olhando, você sorriu, e me fez

querer ficar bonita(o) daquele jeito também.

Quando você pensava que eu não estava olhando, você se importou, e eu

quis ser tudo que podia.

Quando você pensava que eu não estava olhando – eu olhava … e queria

lhe agradecer por todas aquelas coisas que você fez quando você

pensava que eu não estava olhando.

Aqueles de nós que somos pais somos sempre cientes daqueles olhos e

ouvidos observando e escutando tudo que fazemos e falamos.

Que Deus possa nos ajudar a viver de tal forma que cheguem mais perto

de Deus pelo nosso exemplo, da forma como Jesus nos exortou a viver:

“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada

sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do

alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na

casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que

vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos

céus.” - Mateus 5:14-16

-SERVAMARA-

Você pensava que eu não estava olhando...mas eu olhava os seus bons exemplos, a me ensinarem, me afagarem; e com eles, jamais fui a mesma mulher;

E com uma benéfica imitação propaguei tudo aquilo que tão bem exemplificaste para mim, e eu aprendi a preciosa lição...você se foi, não está ao meu lado, mas todo amor que me doaste, tento reproduzir aos meus filhos, seus netos queridos!

Creio, tenho fé, que você descansa nos braços do Pai; e quando se foi...foi recebida com festa no seu Lar Eterno, finalmente a frágil mulher guerreira descansou!

Mãe, acordei cedo, só pra lembrar de ti,  da saudade, da falta que tu faz em mim, e pra escrever um pouco sobre ti, da singeleza que foi a tua existência, e quanto você se doou as suas filhas, a seu querido esposo, a sua família; enfim seu bom exemplo de ser uma mãe ...foste mãe, até seu último suspiro e finalmente descansou!

Como transmitir com palavras a grandiosidade do que é ser uma mãe, como expressar o sangue que corre em suas veias..que só destilam amor, doação, entrega e uma superação de si mesma, pra sempre ter aos braços os seus queridos rebentos; que não sossega da lida, a não ser quando eles estão fartos, seguros, bem alimentados, dormindo, sorrindo!

Eu te observava, mas você também me observava...você observava atentamente...eu não conseguia disfarçar de ti, a dor que deveras sentia...e lá, vinha você, pra me indagar, esmiuçar, até que eu me desabafava contigo tudo que me oprimia o peito.

Mãe, um dos momentos mais dolorosos da minha existência, foi quando estava me separando do meu companheiro, e fui lá em casa, entrei no teu quarto, e vi a tua cama toda arrumada, do jeito que você mais gostava, e não te encontrei mais lá, pra me afagar, pra eu desabafar toda a minha dor...e nesse momento tão sombrio da minha vida, me derramei em lágrimas...e pela primeira vez, não tive os seus braços para me afagarem, acalmarem...nesse momento, sentir a dor da perda, e constatei a triste realidade: não teria mais a sua doce presença pra me alumiar, aliviar!

E a partir desse dia, me vesti da couraça da tua armadura de guerreira de mãe, que você tinha deixado ao lado da tua cama, ao partir...e tomei posse de todos os teus bons exemplos, pra praticá-los com os meus rebentos...tenho tentado, aprimorado, e por mais que eu faça, me esforce...sei que os olhos de meus filhos estão atentos em mim..

E assim como você, mãe, observava tuas filhas tão atentamente, e percebia as suas dores; Maria também agia assim com Seu Filho Amado, acompanhando-o desde o seu nascimento, os seus primeiros passos...toda sua caminhada, todas as suas agonias, sofrimentos na cruz do calvário...

Amanhã é o dia que se comemora o Dia das Mães, mas na verdade, todos os dias são nossos, porque a arte de ser mãe é uma maestria diária, não tem dia de folga, ser mãe é ser atenta, observadora, guardar todas as coisas que dizem respeito aos nossos rebentos, e o melhor aprender com eles, guardando nos nossos corações as preciosas lições que eles nos legam, pelo simples fato, de existirem e serem nossos amados filhos.

Ser mãe é carregar dentro de si, a semente divina de amar até o fim, de estar ao lado dos nossos rebentos, em qualquer lugar, em qualquer situação, mesmo que seja ao pé da cruz, vendo-o, agonizante, partir...

Mas você está ao seu lado, até o fim!

Que o exemplo dignificante de Maria, nos faça meditar e reproduzir esse amor ; assim como eu tentei, tento, reproduzir o amor maternal, sem igual, que minha mãe me legou na sua breve existência.

Feliz Dia das Mães!

E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura.

E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita;


E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam.

Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração. Lucas 2:16-19