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domingo, 1 de julho de 2012

QUE TE TENHO FEITO?

-SERVAMARA-



Ontem, estava ouvindo músicas, lendo a Bíblia, meditando...e comecei a lembrar de meu amado pai, que partiu alguns anos atrás; mas mesmo não estando comigo, continua me ensinar, exortar...

Como? De que maneira, irmã?

Eu vou te contar, explicar, e compartilhar essas recordações com você; eu tinha um vínculo muito especial com o meu pai, um vínculo de carinho, amizade e muita cumplicidade entre nós; tinhamos muitas afinidades, ao ponto de irmos ao cinema, e entrarmos no começo da tarde, e só sairmos ao anoitecer, só para depois ter o prazer de ficar conversando sobre o filme que assistimos, e os ensinamentos que extraímos dele.

Outros momentos, era quando ele me presenteava com um livro, e ele aguardava eu lê-lo todo, só para  depois, comentarmos várias vezes sobre ele; e outros tantos livros que ele tinha lido, e eu não, e ele ficava narrando para mim, comentando...não sei se dá para entender o que estou narrando...mas quem ama a literatura, os livros,  os filmes, as peças teatrais, ou qual quer outra coisa; pode entender, a alegria, o prazer que sentiamos nessas conversas.

Foi meu pai que descobriu o quanto eu apreciava escrever, escrever...e sem eu pronunciar uma palavra, ele comprou o meu primeiro diário com cadeado; e quantos outros tantos diários ele me agraciou, e também ele me presenteou com outros tantos livros.

Só sinto muito, ele não ter me presenteado com o maior livro que eu poderia ter lido: a Bíblia; e tenho certeza, se a tivesse lido totalmente,  naquela época, com o Espírito Santo, me tocando, revelando, minha vida seria completamente diferente; sei que meu pai já tinha lido ela, inclusive ele me levava para assistir  os filmes bíblicos, comentava  sobre eles;  ele me levava a igreja aos domingos, em ocasiões especiais.

Mas não conversavamos profundamente sobre a Palavra; só nos seus últimos dias de vida, que ele despertou para a verdade, para se preocupar com a sua salvação, o seu destino final. E eu agradeço muito ao Senhor por essa grandiosa dádiva, dele ter sido alcançado por Sua grandiosa graça.

Os anos se passaram...e eu tive meus filhos, afazares com minha casa, com meu trabalho; e nossas conversas não aconteciam com tanta assuiduidade como outrora; e ele sempre me ligava e fazia questão que aos domingos, eu fosse almoçar com ele, com minha mãe, e levasse os netos...e quando isso ocorria, ele ficava tão feliz, e tinha momentos, que conversavamos, parecendo que o tempo não tinha passado; olha, nós, comentando sobre um filme, um livro...minha mãe não entendia muito bem, essas nossas conversas, ou preferências, e preferia continuar com os seus afazeres.

E quando por qualquer imprevisto, ou até cansaço meu, eu não ia alamoçar lá, meu pai me ligava indagando...se eu estava zangada com ele? Se estava com algum problema? Se ele tinha feito algo de errado pra mim? Várias opções ele discorria...até saber o por quê? Eu ter falhado nesse encontro, visita!

Mas voltando a ontem, eu lendo a Bíblia,  me detive num versículo muito especial, que me fez voltar ao passado, me lembrando de todos essas recordações, momentos, que passei com meu pai; creio, que foi o Espírito Santo que me tocou para eu entender com precisão o que eu estava lendo...

Ó povo meu; que te tenho feito? E com que te enfadei? Testifica contra mim. Miquéias 6:3


Uma indagação de um Pai amoroso, aflito, pelos seus filhos, filhas, que O tinha desprezado!

E Ele queria saber as razões desse desprezo? Se Ele tinha decepcionado de alguma maneira o Seu povo? Se Ele não tinha sido fiel? Se Ele tinha deixado de amá-los? Ou se não tinha cumprido as suas promessas quanto ao seu povo?

Um Pai que não desiste dos seus filhos, filhas! Ele sofre com os desprezos, as ausências deles! E Ele estava disposto a ouvir as razões deles para essa distância ?

Assim como meu pai sofria com as minhas ausências, com as minhas não idas aos domingos na sua casa! E ele me ligava aflito querendo saber as razões do meu desprezo, afastamento?

E continuei lendo e meditando...que o povo de Israel não tinha desculpas, para sua desprezo, para sua deslealdade quanto a Deus, um Pai tão fiel, tão amoroso!

Não tinha desculpas para não atender os simples desejos de um Pai!

Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a e andes humildemente com o teu Deus?


Assim como hoje, eu percebo que eu não tinha desculpas (cansaços, preguiças, falta de tempo, outros afazeres), para não satisfazer os simples desejos do meu amado, idoso pai, que apenas, queria ter o prazer de conversar comigo, manter a nossa comunhão, ver os seus netos!

Essa noite, madrugada, acordei, meditei, chorei, chorei...e sei que a voz do Senhor também me acordou, indagou:

QUE TE TENHO FEITO?

Quando em tantos momentos me deixei vencer pelos meus desejos tão egoístas, pelos meus prazeres, pelos meus cansaços, por tantas outras desculpas, mas, porém, e não tenho tempo, pra Ele...que aguardava, aguarda, como  um Pai tão amoroso, a minha atenção, comunhão!

Me perdoa, Pai, pelos todos momentos que te desprezei, rejeitei...me perdoa!

O Senhor só me tem feito o bem; O Senhor só me tem dado muito amor; O Senhor só tem derramado Sua graça e misericórdia sobre mim!

Reconheço, o quanto sou uma filha imperfeita, impura, indigna desse Seu amor; mas mesmo assim, Tu me perdoas, e me amas, indagas...e estás disposto a ouvir as minhas respostas!

Pai, me perdoa, como Ti, não existe igual!

Me perdoa, meu pai biológico, mesmo você, estando morto, me perdoa, todos os momentos, que te dei inúmeras desculpas, para não estar ao seu lado...me perdoa!

Por favor, irmão, irmã, não cometa os mesmos erros que eu cometi,  e que o povo de Israel cometeu!

Não deixe o seu pai biológico, nem Seu Pai tão Fiel e Amado...indagar:

QUE TE TENHO FEITO?

Lembre-se de atender aos desejos de ambos Pais!


Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Is 55:6

Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. Sl 145:18

Perto está a minha justiça, vem saindo a minha salvação, e os meus braços julgarão os povos; as ilhas me aguardarão, e no meu braço esperarão. Is 51:5

















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